Uma série de estudos estão relacionando obesidade e sobrepeso a um risco aumentado de aparecimento de câncer.
Porque isso acontece?
O motivo principal decorre do fato de que pessoas acima do peso usualmente apresentam condições que propiciam uma inflamação crônica. E é essa inflamação que pode causar mutações no DNA que levam ao câncer.
Como exemplo podemos citar o refluxo gastroesofágico, aquela tradicional queimação associada a azia, que causa uma inflamação crônica no esôfago e é considerado como fator de risco para câncer de esôfago.
Outro exemplo são as pedras na vesícula. A presença de pedras na vesícula provoca uma inflamação crônica , o que é considerada fator de risco para câncer de vesícula biliar.
E existem outras doenças, como colite ulcerativa e hepatites, que também são fatores de risco para aparecimento de tumores malignos. E todas estas condições são mais frequentes em pessoas acima do peso!
Além disso …
O excesso de tecido gorduroso está relacionado a diversas alterações hormonais. Pessoas com sobrepeso ou obesidade tem produção aumentada de estrógeno. E níveis elevados deste hormônio estão relacionados ao surgimento do câncer de mama, endométrio, ovários e outros.
O excesso de tecido adiposo também altera outros hormônios como a leptina, além de interferir na regulação do crescimento celular, na resposta imunológica e na resposta ao estresse oxidativo do organismo
Obesos também tem excesso de insulina e de hormônios relacionados ao crescimento. Essa condição é conhecida como hiperinsulinemia ou resistência ao insulina, e pode promover câncer de intestino, rim, próstata e endométrio.
Prevenção da obesidade
O estilo de vida envolvendo atividade física, com sedentarismo e dieta tem sido amplamente estudados e associados ao surgimento do câncer.
O sedentarismo está relacionado ao surgimento de mais de 10 tipos de câncer, com citado acima e agrava a obesidade.
Na alimentação, o hábito dietético mais consistentemente associado ao surgimento de tumores malignos é o consumo de álcool, tanto se consumido no início da vida ou na idade adulta.
Outros estudos confirmam que a inclusão de alimentos integrais, ricos em fibras, frutas e legumes estão associados a redução do risco para câncer. Se estes alimentos forem consumidos na primeira infância ( antes do 8 anos de idade) a diminuição do risco para a doença é ainda maior.
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